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So long at the fair (1950) – outro caso de “gaslightning”

Uma coincidência do destino fez-me encontrar este incrível filme. Eu estava passando férias de verão em Marbella quando, visitando a FNAC num Shopping-Center, um DVD chamado (em castellano) “Extrano Suceso” literalmente caiu nas minhas mãos! Alguém havia tirado-o da estante e não recolocado no devido lugar... Quando vi que era uma produção inglêsa fiquei interessado. Quando vi nomes como Jean Simmons, Dirk Bogarde, David Tomlinson fiquei ainda mais interessado. Quando porém li “Cathleen Nesbitt” (uma das minhas atrizes de caráter preferidas de todos os tempos. Alguém se lembra de “Janou”? a avó de “Tarde demais para esquecer”/ “An affair to remember”?) decidi na hora levá-lo. Uma decisão muito sábia, já que comprei naquele instante um dos filmes que iria transformar-se num dos meus prediletos, com lugar de destaque na minha (vasta) coleção.
Baseado numa destas comuns “lendas urbanas” (ou quem sabe numa estória verdadeira?) êste filme não é só interpretado por um magnífico elenco inglês (How I miss the incredible British Film Industry of the 50’s... ) como também é genuínamente cheio de “suspense” e ainda apresenta uma conclusão que além de surpreender, possui uma extrema lógica.
Li uma vez que Hitchcock ficou muito impressionado com este “pequeno” filme/traballho, o que já indica a “atmosfera” criada neste caso de “gaslightning” (vide minha postagem “Gaslight – um drama vitoriano e claustrofóbico”) também soberbamente filmado em prêto-e-branco.

Of course you don’t believe me. Nobody does! But I shall go on searching until I find him, do you hear me?”

Uma jovem dama inglesa (Jean Simmons) chega à Paris com seu irmão (David Tomlinson) para visitar a Exposição mundial de 1889. Ambos fazem o check-in num hotel dirigido por uma chamada Mme.Hervé (Cathleen Nesbitt) e depois saem para jantar no Moulin Rouge. Na manhã seguinte, depois de tomar seu “pequeno almoço” no quarto ela dirige-se ao quarto do irmao – só para constatar que não só ele sumiu como também o quarto...
Todos insistem que ela chegou só ao hotel. Nem a polícia nem o Consulado Britânico acreditam nela. Só um jovem estranho (Dirk Bogarde), a quem o irmão emprestou dinheiro na noite anterior. Neste ponto a intriga e o “suspense” estao começando...
Realmente muito recomendável!!!!!!

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